O amor pode crescer no desolo de dias brancos.
Dias quentes, secos, sem chuva e com medo.
Dias brancos, sem nuvens, onde o azul não tem força para vir.
O amor pode surgir do medo da falta de amor.
Pode surgir do susto do que se escuta.
Pode sair do esforço de aceitar cada estória.
Os dias brancos são como os anos de cólera.
Pedem abraços e acalentos.
Pedem que o amor brote de onde for.
E amor brota. Brota das carapaças do medo.
Racha o chão seco e transborda.
Inunda a relva seca de qualquer coração.
O amor... brota onde nem se imagina que ele exista.
Molha a terra seca, a água, como ele faz com as rudezas das almas.
Almas não se lavam, se molham, e molhadas, amam.
Mesmo se, após a água passar, de lá nada brote.
Poesia
http://www.jornaldepoesia.jor.br/
O senhor SWEDENBORG e as investigações geométricas
Literatura
Crônicas e prosa