O sofrimento é como um passarinho.
Quando muito atormenta, se pega com a mão!
Na mão, quente e atenciosa, que a ele se dedica,
Ele se cala. Então se joga este passarinho, sem dó nenhuma,
Na caixa dos passarinhos sofridos.
A cada novo passarinho que ali se joga, a caixa se agita.
Todos gritam, berram e te lembram que lá eles vivem.
Safados passarinhos, porém se largados, calam-se.
Uma caixa de passarinhos largados se aquieta, sossega.
Nada mais dela se saberá.
Assim em paz, dela se larga, esquece,
E assim, largada, num canto, um dia, claro, será chutada.
Chutada pela imprudência de se permitir novas passarinhagens.
De se esquecer toda aquela barulheira, anda-se livre, chuta- se a caixa.
Merda que quando a caixa desfaz, e todos voam,
nunca se tem uma espingarda.
Poesia
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O senhor SWEDENBORG e as investigações geométricas
Literatura
Crônicas e prosa