Sou Pintor de gráficos.
Faço alguns,
com platéia, sempre.
Faço com o giz,
ou caneta de quadro branco,
embora prefiro giz colorido.
Pinto também com palavras,
Densas, firmes e claras,
Quando o quadro é claro,
Densas, firmes e obscuras,
Quando o quadro chama às profundezas da vida.
Faço junto aos gráficos, desenhos.
Animais cubistas, quase riscos,
Quase nada, senão fosse a palavra.
Este é um pássaro,
Aquele, não, seu predador.
E desenho o suave ir e vir da presa,
E o vir e ir, predador.
Prudência ao comer, vida prolongada.
Distúrbios e extinções, vórtices abertos:
Colapso em Y, colapso em X.
Pinto com fervor, marco linhas e tendências,
coloro diferenças, marco e faço
para os olhos que, tensos, me seguem.
A mágica do movimento dos números que seguem ao tempo,
gerados pela vida que simulo.
O suave avançar, o calmo estabilizar,
Calma linha sigmóide,
esconde dor,
Esconde morte.
A vida que exploro em números
é rapidamente colorida para todos.
Com a arte finalizada,
Guarda-pó imundo, olho e admiro.
Cadernos se fecham, alunos se vão.
Apago a arte, que sonho ter imprimido na mente de cada
um.
Poesia
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O senhor SWEDENBORG e as investigações geométricas
Literatura
Crônicas e prosa