Jardins de Palavras
em canteiros de versos
a cerca de eiras de prosa.
Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Dizem que tudo passa.
Este calor, em janeiro,
Neste parque, não passa.
Dizem que a tudo se esquece.
Aqui, não esqueço ninguém, e
a nenhum momento me deixam
os momentos.
Ainda assim, este calor não passa.
Esta mata cresce, mas estas árvores morrem.
O tempo avança, mas não vai a nada.
Janeiro 2005