Jardins de Palavras
em canteiros de versos
a cerca de eiras de prosa.
Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Rochedos iguais,
Em origem, em forma.
No céu, as mesmas nuvens de terras grandes
Na terra, as savanas de terras pobres.
A exuberância destas terras, pobres,
suas ricas e variadas formas, crescidas assim ricas,
Da terra pobre, e depois tomada.
Dos povos largados deste mundo sem povos.
Marcam,
com olhares sedentos de dó,
o fim do mundo de todos, agora de poucos.
Entre Brasil e África, não o mar, mas Portugal.
Portugal de história, também perdedor.
Destas conquistas sem fim, deste mundo sem amor.
Abril 2002