Perdemos sempre um ano.
O dia seguinte, o primeiro que se inicia.
49 completos, segunda, na terça, já é 50.
Sem grande festa, até terminar.
Lento, cada vez menos lento.
Porém, também, daqui para frente, corra.
O que não foi, atropele.
Deixa morrer, que nada agonize.
Doar o inútil guardado,
Limpar o sótão e o jardim para a primavera.
Deixar morrer, pois afinal,
Nasci no solstício da transformação.
E só se transforma uma casca em planta,
Se da casca tudo se decompor.
Sem dó, até o fim,
Transformada a casca em solo,
acaba-se de cavar as masmorras,
onde se enterrará
o que não é
para ser.
Feitas as masmorras,
Levantam-se os Templos.
Às virtudes, o céu pleno.
Nas sacadas das melhores qualidades, flor.
O solo feito dos piores defeitos.
A água, que primeiro sejam lágrimas.
Mas água é água.
Ramalhetes que rodem as colunas de seu Templo.
Floresçam e morram as flores, renasçam e tudo de novo.
São flores do ramalhete do “para sempre”.
Até porque, o sempre já está logo ali.
Poesia
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Literatura
Crônicas e prosa