Em homenagem ao seu Francisco Cortez, cabra da peste, homem de fibra e verdade. Não fiz para ele, mas de sua morte soube ao terminar este poema. Reli, e vi nele homens assim, que viveram até a unha do pé mais feio.
Sabes parar?
Sabes que pouco importa?
Tens perna, força,
Respira bem, quer seguir,
Mas...
Sabes, tens que parar.
Ao parar faz tudo que,
Andando, não se faz.
Então pare.
A perna, guarde.
A força, respiração, vontade,
Usa para viver o onde está.
Se vai, não volta.
O onde se está, se não vivido,
Vai se perder. Lei da senda.
No viver o estar, outra sina:
SE, porém, parar e apaixonar
Vai morrer na estrada.
De que vales?
Lendas criadas sobre si mesmo.
Fábulas forjadas,
Roubadas de corsários,
os mais difamados?
De que vale sobreviver,
Aguentar à difamação que chamou a si?
A briga que comprou,
Se tudo isto fez,
Só para se mostrar vivo.
De que vale se não
Tiverem as pessoas?
Não vocês, leitores.
As pessoas.
Aquelas que virão aqui,
Vão chorar, por elas,
Por mim,
Ou por nós.
De que vale tanta cena,
Se dela não brotar amor,
Se não vier chamuscada de paixão,
A paixão da dor,
E das delícias de existir.
Entre vocês, amados,
Amantes seres,
Cujo amor reforça o fato,
O dito,
e não portanto, não o temível só imaginado...
Sou um pouco mais que só minhas babaquices.
Poesia
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