Ele a queria, mais leve, solta e livre.
Não ela.
Ela queria dele o que ela sonhava,
sonhava com ele?
Ele a quis enjaular, para fingir ser seu sonho.
Ela na jaula, gostou dele assim, sonhado.
Ele matou de desgosto sua própria alma por vê-la presa,
ela, acordou, e fugia pela portinha de trás enquanto ele buscava alpiste.
Ele a queria, mais leve, solta e livre,
não ela... então fodas.
Desintoxicar, lento processo.
Se intoxicado foi pelo amor então...
sofrerá para se livrar.
O amor é como balsamo,
remédio e conforto,
porém, se aplicado em e por alguém!
Balsamo nas mãos, sem costas para untar,
é balsamo para nada, que prega, suja, escorrega.
Com balsamo nas mãos, uma hora, sua comida vai envenenar.
Oleada mão, nela grudará a sujeira que irás engolir, feito porco faminto!
Então, na verdade, não se intoxica de amor?
Não meu amor! O amor nem em excesso faz mal!
O amor em excesso, porém, muda a alma,
sem onde derramá-lo, ela se afoga,
afogada, ela esmaece.
Mas veja, foi a alma, despreparada,
não o amor, a porta para a intoxicação...
e a mão, culpada, pois desejosa de costas que não poderia ter!
O
limite
do
seu
amor
é a
muralha
do
seu
egoismo.
.
.
.
... puta.
Uma tarde seca e morna que segue a um meio dia igual.
Pint após pint, embora seja o clima de sempre daqui, onde nasci,
em dias livres, felizes e sós, como hoje,
me vejo arremessado ao belo, assustador primeiro verão londrino. 1995, hoje, aqui, foi um dia daqueles tempos.
Tempos maravilhosos que mais nada são,
foram nada? Nada é o que não substitui...
nada é o resto para além de saber das pequenas quem me vem.
O dia só finda... mas me encheu de alegria.
Que eu fique invisível a todos,
menos ao garçom.
Que não vejam a mim,
nem a o que eu faço.
Que enquanto eu desenho a esta praça,
que a este corpo eu vá apagando.
Que só me veja o garçom,
que nada seja o que eu faço.
Lucidamente,
Lembrei de tudo que fizestes para se livrar de mim.
Para me diminuir, para me culpar da sua falta de amor.
Súbito, e lamentavelmente,
o Ainda te Amo pode ser sublimado em um gesto místico,
puro e livre amor a ti, se torna amor por toda a humanidade.
Melhor, e belamente,
não sabe você que me lê se falo de você, dela ou dela.
Ainda mais, e bem melhor,
não sabes de quantas mulheres é feita esta tal humanidade.
Poesia
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O senhor SWEDENBORG e as investigações geométricas
Literatura
Crônicas e prosa