Uma certa perda de controle
meticulosamente controlada.
Perca o controle da sua caretice
e deixe ela se arrebentar,
mas nunca deixe solto os piores de seus devaneios!
Devaneios são para sãos,
Os loucos, se controlam.
Os sãos, desiderata contradictoria,
enlouquecerão se não devanearem.
Mas os loucos, se controlam por não mais voltarem.
A luz da paz surge no transcorrer solto da caneta,
da mente, das mãos.
O acariciar na memória do que se ama,
e o afeto jorrado em papel,
Imperdoável confusão!
O amor é o devaneio que se deveria prender,
Mas que escapa, que nunca fica.
Sempre foge arrebentando com tudo no seu caminho.
Sobra a caretice do auto-isolamento, mas esta se arrebentou no início do poema.
“Se quiserem ser lacanianos,
Que sejam,
Eu prefiro ser freudiano”.
Confessa o já velho Lacan.
Neste momento,
Eu também confessaria,
Mas, afinal, não foi nunca
minha poesia “confusional”?
Mas é que dizem os puristas,
“Poesia boa não é confessional”.
Dissonante opinião, coletiva e idiota,
Que morre aos pés do maior de todos Drumonds:
“Minha poesia é confessional”.
Assim,
Arrogantemente feliz,
Soberbamente soberano,
Hoje também confesso:
Eu confundo, e confessei!
Estava pensando nelas.
Pessoas extraordinárias
precisam ser minimamente
Injustiçadas.
Senão para nada,
Para não parecerem uma farsa.
Tiro tudo que lembra a mim,
E que lembra aos outros do que realmente sou.
Tiro tudo para ser o que sou,
Para fazer o que me fez.
Escalo, assim, bem perto de mim.
Poesia
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