Marimbondos na língua,
e construtivistas,
são para poucos,
para velhos,
e para os poucos velhos bem informados!
Hoje, em exemplar autoperdão,
me dei uma tarde para almoçar.
Horas a fio sem mais que fazer que a alegria de estar vivo.
Companhias fabulosas, mesas “VIP” com dono do botequim.
Tarde, ao final da fanfarra, me apresentam o bandido.
Aquele cidadão brasileiro, o clássico ser tolerado.
Contraventor e violento, mas riquíssimo e bem comportado.
procura companhia, ou procura respeito.
A verdade, ele ignora punição e arrota sua bandidagem,
Como se fosse eu, quem dera, batendo na mesa e avisando,
“sou Ph.D, um Cientista!”
Mas é o Brasil, e aqui, ainda batem na mesa que invadiram sem pedir licença,
Se relacionam, e, educadamente ou não, anunciam,
“sou contraventor, por isto tenho guarda costa que bate em quem precisar.”
Me despeço sem ouvir o final.
Saio sem apreço, mas com educação e desprezo.
Vai-te a merda e seus problemas, na contra mão de como escuto.
Sua depressão, no seu ser amargo, não me cabem, penso sem solidarizar.
Sua cadeia, não te deram,
e quem trabalha, não te tolera, ou não devia.
E engraçado que ia escrever da boa-pirataria
Do mundo escondido das cozinhas do Brasil.
Escrevi da bandidagem anunciada de cretinos,
sem mãe e safados, que acham bonito a merda que são.
Porém vingado me vou, ao menos acharia.
Pois me vou pobre (perto dele),
mas me vou amado.
Não sabia mas o rancor me acompanharia com seus demônios.
Amargurei desprezá-lo, mas afinal, se ele procura compreensiva solidariedade, coitado há de ser...
Quem busca o que nunca tomou, é que aprendeu que não dá para tomar o mais importante.
Acordo e converto rancor em pena,
pena em lamento, e lamento, em dó.
Sobrou rezar em poema o perdão de não lamentar antes, não solidarizar antes, não querer que ele melhore, pois melhores todos, melhores nós.
Poesia
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