Sol, árvore, vidro, outro vidro.
Sol e folha, sombra.
Sombra e sombra, árvore.
Duas portas frente à outra,
De frente à árvore,
De frente ao sol.
Fez nascer sem eu ver,
Fez surgir na preguiça do segundo café,
Na luz que foi se iluminando.
Na imagem que eu não tinha entendido,
Vi!
Era outra árvore, de sombras que escaparam, e que crescia na minha varanda.
É hora de acordar e escrever.
Tempo seco e nublado.
Ares de beijo que não se dá,
Grito que não se solta.
Ar parado, vento algum,
Calor algum, frio, nenhum.
Nada a não ser o não vir.
Sabe-se não virá, então não se espera.
Vive-se apenas cada passada de instante.
Pássaros caçam últimas revoadas de insetos.
Flores últimas para longa espera, semente.
Há nuvem, mas nunca, hoje, chuva haveria.
Nada, no caso de um dia parado assim,
É só o que há.
Porém, poucos mais notam e menos um dia souberam.
O nada, assim no ar, é de verdade, tudo.
Basta estar,
E saberá ser.
Respirar,
Saberá, silêncio... vivo.
Poesia
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Crônicas e prosa