Quem pouco dorme,
Muito sonha.
Faltava só meia hora,
Mas voltei a dormir,
Pesada meia hora.
De pesado, fui fundo...
Em um lugar qualquer.
Mas de lá, ao sair,
Lembrei que as duas eu veria.
Vi só uma. Minha irmã para dentro,
outra loja imaginária qualquer,
num pátio belo, jardinado, todo em bege,
Destes que shopping algum em mundo real teria,
Veio mamãe. Pronta para contar que achara,
Mas primeiro disse que eu reprovaria.
Que caro seria isto tão isto que ela achou?
E lá estava, uma instalação de arte.
Para casa levaria, era muito dela,
Sim, seria cara, mas era aquilo?
Vi arames farpados em três cercas.
Uma cerca intransponível, de três linhas.
Três fronteiriças barreiras,
entre o mundo e o abrigo, não deixariam,
não, nunca!, entrarem,
e mais e melhor, nunca saírem.
Era demais, e antes que me irritasse, chamou para ver.
Bem perto, arames contorcidos não eram.
As farpas bem olhando, cada uma, cada peça...
Uma mão de bailarina em pose, em gesto, impeça.
Poemas,
Guardados,
Muitos,
Escritos a lapis,
em papel,
em lugares.
Longes,
pertos,
inspiradores lugares.
Inspiradores momentos,
já faz tanto tempo sem estes tempos...
Mas em breve,
logo mesmo,
aqui verão.
Poesia
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Literatura
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