Jardins de Palavras em canteiros de versos a cerca de eiras de prosa. Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2012
Catando acerola, achando poemas

Na árvore não tenho barba branca,

Não tenho quarenta e cinco,

Não tenho tanto a fazer.

 

Na árvore, tenho minhas calças curtas,

Meus 12 anos, minha vontade de subir.

Na árvore guardo quem eu sou.



publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 14:09
link do post | comentar | favorito

Catando acerola, perdendo poemas

Perdi o meu poema,

na copa de minha acerola.

Lá bem onde o fiz.

Caiu pelos galhos, como acerola,

ou flutuou, feito folha seca?

 

Falava de árvore, de galho,

de escada? Falava dos frutos,

Que não pego todos,

Pois gosto tanto tanto

de passarinho, mais até que de Acerola?

 

Enquanto catava acerola,

Bem por cima do muro,

alguém,

que acerola pegaria,

Meu poema pegou.



publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 13:28
link do post | comentar | favorito

À minha adorável e preferida refugiada e, assim, refugiada, já mais que só residente, mais que tudo, amada

Minha vida acomodou e fechou-se entorno de nós, três gentinhas de nariz empinado, emoldurada por uma casa e seus bichos e suas plantas.

 

Finda esta lógica, aqui não era para caber, nem faltar nada, nem menos, alguém.

 

Fiz para não caber e de nada, ou ninguém, precisávamos.

 

Ainda assim, mais que coube. Muito mais do que só acomodou.

 

Pensei em Huxley, tão feliz, mas já tão lá. Ele existia com a falta que lhe fazia tanto carinho e amor,

 

Penso nas mais plantas, nos vasos com mais terras, nos novos vasos.

 

Assim, tudo estava no lugar, mas não se via que pequeno era este lugar.

Amplo, paredes distantes e, por dentro, apertado sem você.

 

Veio ela no susto, no choro, no abandono, mas com desejo que pulava do rosto. Pulava daquele sorriso largo, sonoro, branco e lindo, feito de todo seu sangue negro.

 

Desejei que ficasse, e ela ficou. Desejei que nos amássemos, mas já nos amávamos, e há mais tempo do que sabíamos.

 

Não queria mudar nada, e não mudei. Abri uma porta, e se abriram as janelas, entrou luz, vento, ar puro, entrou você, e como flores de amarelo ao vermelho em um jarro iluminado pela alegria de crianças.

 

Que fique você,

que felizes, nós e você neste nós.



publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 13:23
link do post | comentar | favorito

O Poeta e o Biólogo, e o jardineiro
últimas poesias

Mulheres nas Ciências Bio...

49 completos

Poeminha para a Gabi ler ...

Ode à barata latino-ameri...

Despoema

Laura 1.5

HECATOMBE

Feiurinhas de Ana Beatriz

Em tempos de....

Medos trocados

O Maneta

Dias brancos

Diferentes coisas

Caixa de passarinhos

O que foi?

Fragmento de um poema esc...

Poema resposta: a uma lei...

Diálogo com o destruidor ...

A senda, a folga e a vida

Verdade

Mundinho Cão

O amor, a explicação defi...

De boca

Ela, ele

DETOX

Livros e retalhos

Março 2020

Julho 2016

Junho 2016

Janeiro 2016

Agosto 2015

Maio 2015

Janeiro 2015

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Junho 2011

Abril 2011

Fevereiro 2011

Outubro 2010

Agosto 2010

Junho 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Julho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

pesquisar
 
links
subscrever feeds