Era tudo branco.
Da varanda mais alta que tudo,
Telhados todos,
Brancos.
Minhas plantas, árvores, iluminadas do céu,
Brancas.
Branco mundo, como fica em lua cheia, comum nas roças das roças,
nas matas das matas.
Aqui, cidade grande, Lua mãe baixou, mostrou que de branco se pinta o mundo,
é só ela que o faz, d´um branco só dela, d´um branco de paz.
Já enxuguei todo vinho que podia derrubar.
Que me deixem o resto do vinho,
Minha vida, em contínuo,
Derramar.
Que de cada poça, extraia a alegria,
De cada extra, sorriso e alegria,
Se de meus amores não escondo,
De cada gota,
que as faça rir,
bem perto, morrer de rir!
Alegria do beber? Que nada, alegria de não sofrer.
Não é a felicidade do mal desfeito, mas do bem,
Agora vivido, há que bem, tão protegido!
Filho de Santo resguardado, alegria, é de viver.
Que crianças sem mãe vejam no pai, homem completo,
Homem de todo, homem sem bordas, arestas, beiradas.
Homem que basta, que bebe, humano! e no mais?
Em paz, gorila, palhaço, amor! Homem pai.
Homem amor.
Alegria se dá e se tem, pelo dar sem retorno.
Nada nesta vida paga a alegria da infância feliz,
Nada em segundo, senão o orgulho de leão ser,
desta paz, deste amor, deste sorrir.
Poesia
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Literatura
Crônicas e prosa