Basta uma foto, sem fechar nas barracas.
Vai ver na foto, o que os aromas,
Cores,
E memórias,
tampam.
O feio não existe na beleza do olhar e da palavra.
O mercado aqui,
Panamá,
Idigny,
Paris,
Londres,
também não o tem,
mas se tem, não mostram.
O fazer, e o escambo,
A vida se manifesta nisto.
A civilização o é!
E só.
Eu, por minha vez.
Descubro, futuco, manipulo,
Encontro e ensino.
Assim, vivo.
E a isto me pagam. Para pensar, descobrir e ensinar.
Com o que ganho, venho aqui para comprar,
Viver,
Cheirar,
Gustar,
Amar tudo aquilo que a humanidade já sabe, já tem, e vende!
E venho ver como vivem os que de mim não precisam.
Talvez, além da paternidade (e do fazer para ser pai), só a experiência orgiástica de um mercado nos ensina a amar este mundo e suas insanidades.
Partículas sabem o que são, quando são só elas.
Batem-se o tempo todo.
Cada choque, uma certeza.
Se espalham e afastam,
Continuam sabendo de si.
Mas partículas, vez em quando,
Batem com outras com que, batem!
Que coisa! Elétrons, prótons,
O que mais descobrirem,
Fazem elas serem, moléculas.
Moléculas porém, não sabem o que são.
Se são estáveis, hidrófilas,
amáveis, crueis, torturadoras.
Repressoras.
São só o que grudou e foi.
Moléculas vivem um tempo de ser,
Se desfazem, ou não.
Juntas, criam o novo,
Mas deixam de serem.
Sem serem, não sabem.
O que será da partícula que, azar, levou?
Que fará se a molécula que faria
(e não fez, incompatível com uma molécula já pronta?)
Se desfez no vácuo, e a outra, pior, mas porém estável,
longamente vívida, mas pior molécula, partícula deixou?
A certeza da partícula, de que um choque se desfaz,
A molécula nunca terá. Pois moléculas quebram, não desfazem.
Quebradas, sem elétrons para outro choque, deixam menores,
Ainda menores, as poucas chances que tinham.
Assim, partículas são as coisas mais solitárias e tristes do universo.
Poesia
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O senhor SWEDENBORG e as investigações geométricas
Literatura
Crônicas e prosa