Jardins de Palavras em canteiros de versos a cerca de eiras de prosa. Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012
Mercados, de novo

Basta uma foto, sem fechar nas barracas.

Vai ver na foto, o que os aromas,

Cores,

E memórias,

tampam.

 

O feio não existe na beleza do olhar e da palavra.

 

O mercado aqui,

          Panamá,

                    Idigny,

                              Paris,

                                       Londres,

também não o tem,

mas se tem, não mostram.

 

O fazer, e o escambo,

A vida se manifesta nisto.

A civilização o é!

 

E só.

 

Eu, por minha vez.

Descubro, futuco, manipulo,

Encontro e ensino.

Assim, vivo.

 

E a isto me pagam. Para pensar, descobrir e ensinar.

 

Com o que ganho, venho aqui para comprar,

Viver,

Cheirar,

Gustar,

Amar tudo aquilo que a humanidade já sabe, já tem, e vende!

 

E venho ver como vivem os que de mim não precisam.

 

Talvez, além da paternidade (e do fazer para ser pai), só a experiência orgiástica de um mercado nos ensina a amar este mundo e suas insanidades.



publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 12:23
link do post | comentar | favorito

Domingo, 8 de Janeiro de 2012
Partículas

 

Partículas sabem o que são, quando são só elas.

Batem-se o tempo todo.

Cada choque, uma certeza.

Se espalham e afastam,

Continuam sabendo de si.

 

Mas partículas, vez em quando,

Batem com outras com que, batem!

Que coisa! Elétrons, prótons,

O que mais descobrirem,

Fazem elas serem, moléculas.

 

Moléculas porém, não sabem o que são.

Se são estáveis, hidrófilas,

amáveis, crueis, torturadoras.

Repressoras.

São só o que grudou e foi.

 

Moléculas vivem um tempo de ser,

Se desfazem, ou não.

Juntas, criam o novo,

Mas deixam de serem.

Sem serem, não sabem.

 

O que será da partícula que, azar, levou?

Que fará se a molécula que faria

(e não fez, incompatível com uma molécula já pronta?)

Se desfez no vácuo, e a outra, pior, mas porém estável,

longamente vívida, mas pior molécula, partícula deixou?

 

A certeza da partícula, de que um choque se desfaz,

A molécula nunca terá. Pois moléculas quebram, não desfazem.

Quebradas, sem elétrons para outro choque, deixam menores,

Ainda menores, as poucas chances que tinham.

 

Assim, partículas são as coisas mais solitárias e tristes do universo.



publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 18:19
link do post | comentar | favorito

O Poeta e o Biólogo, e o jardineiro
últimas poesias

Mulheres nas Ciências Bio...

49 completos

Poeminha para a Gabi ler ...

Ode à barata latino-ameri...

Despoema

Laura 1.5

HECATOMBE

Feiurinhas de Ana Beatriz

Em tempos de....

Medos trocados

O Maneta

Dias brancos

Diferentes coisas

Caixa de passarinhos

O que foi?

Fragmento de um poema esc...

Poema resposta: a uma lei...

Diálogo com o destruidor ...

A senda, a folga e a vida

Verdade

Mundinho Cão

O amor, a explicação defi...

De boca

Ela, ele

DETOX

Livros e retalhos

Março 2020

Julho 2016

Junho 2016

Janeiro 2016

Agosto 2015

Maio 2015

Janeiro 2015

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Junho 2011

Abril 2011

Fevereiro 2011

Outubro 2010

Agosto 2010

Junho 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Julho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

pesquisar
 
links
subscrever feeds