Com verdades,
Meias verdades,
Senão mentiras,
Nada mais deprimente que não comover as pessoas.
E aí pego a verdade,
coloro, enfeito,
estrago, amasso,
Para ficar dramática e dar certo meu desejo de ser visto.
Não funciona,
e fico, dizendo a verdade,
com cara de mentiroso.
E me resta contar uma bem cabeluda, e rir se agora acreditarem.
Vi uma velha,
demente de tantos anos de drogas,
contar como pôs uma onça para correr.
Mentir é acreditar tanto em seus sonhos e delírios,
que chega a acreditar que alguém mais também vai!
Assim como ser seduzido,
disse Gonçalo Tavares,
"É perder a forma original",
mas "é bom ou é mau"?,
pergunta angolano,
Poetize, mas não minta para mim!
É mais um sobre ele,
Ele que falta, que não existe,
que existe, que é real,
O que será?
Mais um levado pelos pensamentos,
não, nunca, pelo sentimento.
Criado ou cuidado,
Real ou imaginário...
Penso nele. Amor, biologia?
Evolução do parental?
Ou só, amor?
Acho que é só amor.
Se fosse biologia, todo mundo tinha.
E a tantos, falta este pedaço.
Falta amor ao próximo, às matas, aos bichos,
ao céu azul, sinônimo de cinza no chão.
Falta a tantos, o tal do amor.
Falta tanto,
Falta, é o reverso?
Amor, o que será?
Porque o que digo, há muito,
não é mesmo para ninguém
senão para mim mesmo.
e só ecoa o vazio de não amar ninguém
além do amor de amar o que já amo,
e nunca será o bastante.
Suplico também, como um Skank,
um skank louco, que não mate dentro de ti.
Que busque o que viu,
Que encontrou, te enganou.
Busque, ache, e te arrependa.
Que ache e veja logo e, bem logo,
Abandone este tudo-nada
que seu coração criou.
E mate, sim, por favor,
mate,
este ser que seria,
e você quereria,
para poder eu sonhar que não iria mesmo querer,
pois precisa não me querer,
para haver a chance de me amar,
e não de querer me ter.
Mas, infelizmente,
temo que não te caiba tanto,
Que tanta poesia.
Então,
Que gosto de ti,
Que te amaria se fosse para tanto.
Ou, será.
Te amaria de novo, toda de novo, ou,
senão agora,
em um outro lugar,
e nele,nele sim, te amaria.
Amarei meu amor.
Cuide da felicidade de casar e ser mais uma vida como outra, certa ou intangível, mas, porém, certa do amor que te pertence e nunca terá, a menos que largue seu ter, para ter o querer amar.
Poesia
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