Jardins de Palavras
em canteiros de versos
a cerca de eiras de prosa.
Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Todo ano,
Uma, duas vezes,
Nos enfrentamos.
Uma ritual luta de amor, ou quase...
Podo-lhe! Podo sim.
Do contrário, atrevida,
Atravessa os caminhos,
Esconde minhas portas.
Ela, balzaca planta, reclama.
Chora seu branco sangue,
Rasga meus pés, mãos, braços.
Para a luta ser justa, vou de chinelos.
Ela fura e quebra, dentro da pele fica.
Corta e derrama seu leite na circulação sanguínea...
Será toda uma semana.
Cicatrizar, desentorpecer...
ela e eu.
Em seus 40 metros em linha ao muro, agora reta e alinhada, sua beleza parece agradecer. Plantas sabem quando sofrem para seu próprio bem... plantas sofrem para o seu próprio bem...