Antes de abrir direito os olhos
fusco pouco dormir
Antes de por os óculos
Coceira, remela, olhar por intuir.
Antes de saber, mas adivinhar o chão,
Insista e entenda.
Antes de ver, saiba que não verá o que quer.
Aceite, engula e pronto.
Quando abrir seus olhos,
Verá cristalino e puro, o que agora,
tosco fosco escuro,
teme encontrar nas sombras da manha.
Olhos velhos bastante O sabem antes de ver.
As sombras são mais que matizes,
as cores, mais que pintura.
A vida melhor se não cair neste sonho outra vez.
Acorde! Acordado,
é que se vê o que há para olhar,
fosse o sonho bom, fosse mal,
o dia será o que dele fizer.
Suas pequenas teias de aranha ao sol suave de domingo cedo.
Cigarra e piano, alguém mais que cedo dormiu e cedo acordou,
O brilho claro e morno, céu azul, ar parado, passarinho.
Jardim, plantas, tabaco, reza e comida...
O que quiser fazer, pois pode ter tudo, desde que que queira o que se há, ou pode entrar no porão das vontades e frustrações, que buscam rochas no ar.
Poesia
http://www.jornaldepoesia.jor.br/
O senhor SWEDENBORG e as investigações geométricas
Literatura
Crônicas e prosa