Jardins de Palavras
em canteiros de versos
a cerca de eiras de prosa.
Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Eles me conhecem.
Me acham, aonde eu estiver.
Alguma coisa,
Desta coisas, de louco,
Que só louco conhece.
Seria o jeito de olhar,
Olhando, e fundo,
No olho e no ser?
Seria coisa de cachorro,
Doido, que olhado,
Se sente atacado?
Eu sei que me conhecem,
E gostam de ficar perto de mim.
Para um dia, sabe se lá,
Chimpanzé enfurecido,
Atacar!
Lembro do doido da ponte,
Lá embaixo, na Baixada Verde.
Manso e bom, um dia esquentou.
Foi outro louco, andarilho,
Que na vila entrou.
Da ponte saiu, e o infeliz,
Um dia inteiro rodeou.
Doido tem território,
Onde só entra um doido – ele.
Serei eu, seria.... doido também?
Um doido sutil, difícil de reconhecer?
Terei no encontro dos doidos,
A mera louca busca do que seria eu?
Queriam o que? Os loucos, doidos,
Varridos cretinos, só querem me enlouquecer!
Disseram que fiz coisas espetaculares,
comigo mesmo.
Coisas que impressionam,
pois as fiz, contra tudo de ruim que sou,
tenho,
guardo,
herdei.
...
...
...
...
...
E daí?
É isto que todo mundo faz mesmo.
E, a merda, se voasse?
Seria só uma merda voadora:
Mais perigosa,
Mais temida.