Jardins de Palavras em canteiros de versos a cerca de eiras de prosa. Em 2008, um mês, um livro, desde julho
Domingo, 29 de Abril de 2007
Casa e Mato
Quietinho
a mesa
os livros
em pilhas
evolução
ilhas
mais livros
quieto
trabalho
silêncio
Cidade lá fora?
É sim,
mas é cidade com mato.
 
Novembro de 1999


publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 20:09
link do post | comentar | favorito

Taquaril
Passaram ali Saint Hilaire,
passou também Borba Gato,
Antes de Sabará ou a Boca do Mato,
Caeté dos Tupis.
As palmeiras contam das fazendas que levaram o cerrado.
Do boi que se foi na Borda daqui,
Horizontes tão Belos.
Antes no mato, agora favela, crianças,
pessoas passando.
Pessoas tão pobres, de tão pobres se juntam.
Se entendem e aprendem,
ficando de longe, longe daquilo.
Aquilo não querem, não querem a miséria, não são pobres não.
São gente dalí, suas hortas e jeitos,
sua luta e suas árvores,
Uma a uma,
trazendo o cerrado de volta para alí,
Para vida cerrada de gente daqui.
 
Novembro de 1999


publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 02:11
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 27 de Abril de 2007
Amanda e Camila
O chão amarelo em cimento queimado,
o barro espalhado e os olhinhos largados.
Tanta coisa! Tanta planta! Esta terra na bota,
as cachorras no mato, a maior me lambendo.
Na rede o meu pai, deito também.
Lá vem mais cachorro!
Aranha na roupa, que fruta que é esta?
Do pequeninho, Amanda que entende,
do mato, entende meu tio,
do titio, titia é que sabe.
 
Novembro de 1999


publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 13:24
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Quinta-feira, 26 de Abril de 2007
Paisagem nos números e nos insetos
Anotar, observar.
Notas, notas, notas,
dados, números e gráficos.
Escrever então,
fazendo das paisagens,
trazidas em números,
de volta às paisagens que eram alí escondidas.
Alí, pequenos e diversos,
seres que agora descrevo aos olhos dos números.
Quantos insetos,
quantos tipos!
A variação segue uma ordem,
a vida longe dos olhos,
inteligentemente perceptível,
inteligente aprender pela ciência,
mas nem tanto quanto o é pelo amar estas coisas da vida.
 
Novembro de 1999


publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 13:26
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Quarta-feira, 25 de Abril de 2007
1999
 
A densidade do ar, a densidade do dia de chuva,
lembrava o anu preto que gritava de longe,
lembrava as gotas mansas de água,
que desciam pelas calhas de cada telha.
O silêncio, recortado por barulhos ao longe,
mais pássaros, mais sons antigos,
transportados na memória, minha juventude,
para este lugar não tão longe, ainda que o mesmo,
mesmo em dias tão diferentes e distantes das estórias de lá,
daquele tempo.
 
A densidade de meus sentimentos e deste momento,
tolo e sem sentido,
de óbvio tinha era tudo, e tudo assim óbvio ficava,
na paz densa deste resto de chuva.
Debaixo de nuvens cinzas de tantos tãos,
de claros efeitos sobre mim, este dia assim tão assim.
Parado, agora Bem-te-vi, agora anu, aleluias e mais chuva.
Voltou a chover em novembro, voltei a ver esta chuva.
Voltei para cá, já sou de novo de casa, a casa minha,
as vidas que aqui fiz ficar.
O denso vazio de não me bastar.
 
 
Novembro de 1999
 


publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 19:13
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Lançamento da Primeira Trilogia
POEMAS CERRADOS
 
10 POEMAS DA CURA,
3 POEMAS DA MORTE e
2 EPÍLOGOS DE AMOR
 
CICLOS DE SOL
O CONTINUAR EM MUDANÇA


publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 19:11
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 20 de Abril de 2007
Ensaio aberto para lançamento

Inicia-se.

Exercício de total falta de auto crítica.

Poemas em condinome,

Poemas feitos em livros,

livros não publicados.

Livros registrados, e assim

Presos e esquecidos na Biblioteca Nacional,

perdidos em arquivos numa Rio de Janeiro,

que nunca poema meu, nenhum, inspirou.

 Dou-te meus livros, mas dou-te páginas saltadas.

 

Entre poema e outro, um dia surgirão prosas,

não minhas, mas de uma mãe, dona do Pontes deste blog,

que aos 70 anos se lançou escritora.

 

O Biólogo Poeta.



publicado por Sérvio Pontes Ribeiro às 00:32
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

O Poeta e o Biólogo, e o jardineiro
últimas poesias

Mulheres nas Ciências Bio...

49 completos

Poeminha para a Gabi ler ...

Ode à barata latino-ameri...

Despoema

Laura 1.5

HECATOMBE

Feiurinhas de Ana Beatriz

Em tempos de....

Medos trocados

O Maneta

Dias brancos

Diferentes coisas

Caixa de passarinhos

O que foi?

Fragmento de um poema esc...

Poema resposta: a uma lei...

Diálogo com o destruidor ...

A senda, a folga e a vida

Verdade

Mundinho Cão

O amor, a explicação defi...

De boca

Ela, ele

DETOX

Livros e retalhos

Março 2020

Julho 2016

Junho 2016

Janeiro 2016

Agosto 2015

Maio 2015

Janeiro 2015

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Junho 2011

Abril 2011

Fevereiro 2011

Outubro 2010

Agosto 2010

Junho 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Julho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

pesquisar
 
links
subscrever feeds